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Clássicos: Ford F-1, uma paixão americana 3h301r

Primeiro Ford do pós-guerra, a Série F conquistou mercado e fidelidade do público ao longo de seis décadas 292c3w

Por Fabiano Pereira 23 jun 2017, 19h56
Estilo próprio, descolado dos carros de eio da marca
Estilo próprio, descolado dos carros de eio da marca (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Por 40 anos consecutivos, a Série F da Ford é a picape mais vendida nos Estados Unidos. Há 35 anos ela é também o veículo de maior vendagem por lá. A tradição da Ford com esse tipo de utilitário vem dos tempos do Modelo T, disponível nessa versão de carroceria a partir de 1925.

Nos anos 30 a picape começou gradualmente a evoluir de maneira distinta dos carros de eio da marca. Mas a grande virada na história desses utilitários viria após a Segunda Guerra Mundial. Em 16 de janeiro de 1948 a picape era o primeiro novo produto a chegar às lojas, antes mesmo dos carros de eio da marca.

O design da nova Série F dava um salto em relação ao que se conhecia de picapes até ali. O para-brisa era inteiriço. Para-lamas incorporados à dianteira davam um tom de modernidade, ressaltado pela grade cromada entre os faróis. Anúncios da época diziam que as novas cabines tinham custado 1 milhão de dólares para serem desenvolvidas.

A F1 nasceu para o trabalho e levava 500 kg de carga
A F1 nasceu para o trabalho e levava 500 kg de carga (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Até então as picapes eram adquiridas quase sempre com poucos opcionais. As equipes de venda de sua rede aprenderam a alardear as vantagens do produto – como o V8 que a Chevrolet não tinha – e convencer o cliente a incrementar o carro com órios, estratégia que melhorava a margem de lucro. As versões variavam de acordo com o entre-eixos e a capacidade de carga, contabilizando um total de 139.

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A F-1 levava 500 kg e era a picape da linha. As demais eram consideradas “caminhões expressos”. A F-2 ava até 750 kg e a F-3, 1 tonelada. A linha crescia até a F-8, apta a carregar 3 toneladas.

Eram dois os motores disponíveis para a F-1, o seis-cilindros de 3,7 litros e 95 cv e o V8 de 3,9 litros e 100 cv. O câmbio manual podia vir com três ou quatro marchas.

O motor V8 era argumento de venda contra a Chevrolet
O motor V8 era argumento de venda contra a Chevrolet (Marco de Bari/Quatro Rodas)

A F-1 ano 1951 verde-petróleo das fotos é do empresário paulista Walter Delfino. Naquele ano o modelo ganhou frente nova. A grade parecia dentada. Mudaram também capô e e a janela traseira ficou mais ampla. Um novo seis-cilindros rendia 101 cv.

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Se a distância do volante ao encosto do banco é curta, a altura do habitáculo proporciona ventilação agradável. O espaço é bom para duas pessoas, três só para distâncias curtas.

Sem assistência, a direção aproveita o grande diâmetro do volante. Só em manobras curtas exige mais esforço para completar as duas voltas entre batentes. O rodar é confortável para a categoria, ainda que a rigidez da suspensão privilegie a estabilidade.

Banco inteiriço: dois é bom, já três...
Banco inteiriço: dois é bom, já três… (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Para 1953, a F-100 substituiu a F-1, mas a saga da Série F continuou. Hoje ela está na 13ª geração. Ao longo dos anos, inovações expandiram seu mercado. Entre as mais marcantes estão a tração 4×4 de 1959 e a suspensão dianteira independente Twin-I-Beam de eixo duplo de 1965, que valorizaram as picapes Ford como veículo de lazer.

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Em 1974 surgiu a SuperCab, de cabine estendida. Um V8 a diesel chegou em 1980. As rodas traseiras ganhariam ABS sete anos depois. Em 1999 a SVT F-150 Lightning unia um compressor e um V8 de 5,4 litros que produzia 360 cv.

Em 1995 a picape havia ultraado o recorde de vendas do seu contemporâneo Fusca. Como outros recordistas comprovam, a aposta da Ford nas muitas versões, opções e atualizações regulares mostrou-se não apenas vitoriosa, mas a única capaz de alcançar tal proeza.

No Brasil 2q1o24

A Série F também tem importância no Brasil. Foi ela que em outubro de 1957 inaugurou a produção local da Ford, depois de décadas só montando carros aqui. O motor V8 foi nacionalizado um ano depois. A F-100 nacional era bem próxima da linha 1956 americana. Ford de eio feito aqui, só em 1966, com o Galaxie.

Ficha técnica – Ford F-1 1951 4k6g42

  • Motor: 6 cilindros em linha de 3,7 litros; 8 cilindros em V de 3,9 litros
  • Potência: 95 cv a 3300 rpm; 100 cv a 3800 rpm
  • Câmbio: manual de 3 ou 4 velocidades
  • Dimensões: comprimento, 479 cm; largura, 193 cm; altura, 192 cm; entre-eixos, 290 cm; peso, 1385 kg
  • Carroceria: picape, de aço
  • Desempenho: n/d
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